Termo usado pela primeira vez por Anthony F. J. Van Raan em 2004, definido como conhecimento tardio pelo Dr. Eugene Garfield (ISI), finalmente analisados por Wolfgang Glänzel . São artigos muito pouco citados nos anos próximos à sua publicação, mas depois, tornam-se altamente citados. Chegou-se à criação da equação "Grand Sleeping Beauty Equation". Permite cálculos diversos, mas, a principal é o número de citações por ano, em períodos que "dormiu" e voltou.
São artigos que tem um número de citações inesperado, mas fogem à exceção das regras bibliométricas e das auto-citações. Existe o exemplo do artigo de Redner, publicado na Physical Review em 1935. Artigo que questiona os fundamentos da mecânica quântica de um famoso paper de "Einstein, Podolsky e Rosen (EPR)". Mesmo sendo reconhecido como importante, manteve-se com poucas citações até no final dos anos 80 e início de 90, em que algumas previsões de EPR tiveram como ser testadas.
Belas Adormecidas pode refletir como descobertas prematuras, que a comunidade científica não está preparada para avaliar quando é publicada. Pode também ser um resultado que cai "fora de moda" e sobe a popularidade anos depois. Ou talvez possam ser despertadas por acaso. A ciência é assim.
Fonte: Elsevier Research Trends
Van Raan, A.F.J. (2004) "Sleeping Beauties in science", Scientometrics, Vol. 59, No. 3, pp. 467-472.
Glänzel, W., Balázs, S., Thijs, B. (2003) "Better late than never? On the chance to become highly cited only beyond the standard bibliometric time horizon", Scientometrics, Vol. 58, No. 3, pp. 571-586.
Redner, S. (2005) "Citation Statistics from 110 years of Physical Review", Physics Today, June, pp. 49-54.